segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Uma pessoa muito especial para mim morreu há cerca de uma semana.

Esta pessoa já não era mais tão especial assim atualmente (no período de coma e até antes disso). Contudo, a qualificação especial torna a devida pessoa eterna - pelo menos para mim. Ele foi como um professor, porém, mais legal. Este cara, o Gabriel (nomes imaginários para não expor alguém que já 'se foi'), me ensinou a nadar. Não posso ter recordações melhores de alguém como tenho dele. Quando pequena o via regularmente, era um amigo dos meus pais. Gabriel era o típico caiçara de bem com a vida. Todavia, morava em São Paulo, o que - técnicamente - já não fazia mais dele um caiçara. Isso é apenas um detalhe irrelevante, pois seu espírito é e sempre foi de um caiçara.
Como já disse, ele me ensinou a nadar. Quando nado parece que entro em outro mundo, um mundo só meu. Um mundo cheio de idéias e ilusões que não precisam ser compartilhadas com ninguém. Talvez tudo isso aconteça comigo quando nado pelo fato de estar tendo contato com a água e talvez a àgua que me traga este sentimento tão forte de liberdade. De qualquer jeito, nadar para mim é realmente importante. E como foi ele que me introduziu neste mundo tão mágico que é o mar, a água - ou até mesmo uma humilde piscina - tenho muito à agradecer. O estranho é não ter alguém para agradecer. Pois mesmo sabendo que o espírito dele continua existindo (e muito provavelmente é encontrado neste mundo mágico) tenho dificuldade em me convencer de que nunca mais vou realmente vê-lo.
Talvez eu nunca me convença de tais acontecimentos. Acho tão injusto as pessoas morrerem. Deixam pessoas amadas e deixam pessoas que os amavam. E quando o assunto é amor, acredito que nada nem ninguém possa impedí-lo. Não que este fosse o caso dele, pois, por mais incrível que pareça, depois que o Gabriel teve um filho e uma mulher, se tornou o cara mais grosso, mais seco e mais sem sentimentos do mundo. Para ele não havia mais amor.
Queria eu acreditar que quando acaba o amor acaba a vida, pois desta forma estaria sempre amando, então nunca morreria. Mas sei que não é assim.
Provavelmente toda esta minha incompreensão seja apenas uma consequência da vida de alguém que não perdeu muitas pessoas especias. O único outro ser MUITO especial que perdi, foi meu hamster, Jack. Sei que quando pensam em um simples hamster não lhe dão tanta importancia. Mas para mim tudo tem sua própria luz e sua razão de existir.
O que faço agora é buscar a luz destes espíritos dentro de mim.

3 comentários:

Thaís A. disse...

Você não me contou do seu hamster :/
Ah, sinto muito Cah - Acho super chato falar isso mas não sei o que falar.
Você escreve muito - nos dois sentido, em relação a qualidade e a quantidade :B
HAHAHA, Gostei Cah :)
Amo você :*

Ana Clara F. disse...

Concordo com a Tha , escreve muito :B HAHAHAH
Àh Cah , adorei tanto o texto como o blog a fto tá linda .
AMO VOCÊ (:

Thaís A. disse...

POSTA MAIS, POSTA MAIS, POSTA MAIS *--*