quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Aprendendo a Ser

Estamos sempre em movimento. Não importa onde estamos, nos forçamos e nos sentimos pressionados a fazer algo, pelo menos é assim comigo. Nunca posso estar 'fazendo nada', mesmo porque, quando tento fazê-lo vem à minha mente mil e outras idéias, como 'mas eu estou pensando que estou fazendo nada, logo, estou fazendo algo'. Tudo isso é muito estranho. Alguns dizem que o fazem porque estão no mundo para viver intensamente. Todavia, viver intensamente também é ser.
Mas em alguns instantes é necessario só ser. E nada mais. Contudo, não nascemos com a dádiva de 'meditar' ou de apenas ser.
Então nós só acreditamos que somos alguém - mesmo que medíocre - quando fazemos algo. É assim que nos é ensinado.Por isso algumas pessoas estão sempre buscando fazer algo especial, pois assim serão especiais. Já outras pessoas preferem ficar no seu mundo, exercendo a sua rotina pacata. Mas mesmo estas pessoas se sentiriam incompletas se parassem pelo menos um minuto e decidicem ser.
O problema maior acredito que seja quando perdemos o controle de quem somos. Óbviamente, estamos à todo o momento exibindo o nosso cartão de visita - também chamado de corpo. Porém, ele não se passa de carne (ou plástico, no exemplo dado), mesmo assim buscamos enfeitaá-lo, ou até mesmo 'emagrecê-lo'. Este processo torna-se tão frequente e intenso que perdemos o rumo, o objetivo, o 'ser'. Enfim, estamos dando nosso corpo e alma para isso. Alma? Ah, é o que nos falta ...

Eu compreendo que toda esta complexidade confunde qualquer um da cabeça aos pés. Esta afirmação talvez seja a única de todo este texto que não me confunda, porque a existência em si é incompreensível. É pensada, analisada e estudada, mas - muito provavelmente - nunca será compreendida pela humanidade.

Penso, logo existo? Talvez.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Uma luta pela reconstrução da sociedade / SELOS

Quanto mais nos julgamos pertos do centro, da perfeição, mais longe realmente estamos da mesma. É exatamente isso que acontece com a sociedade. E talvez o que vai acontecer cada vez mais. A todo momento estamos sendo influenciados. Sabemos que não precisamos nem da metade do que nos vendem, mesmo assim - talvez devido à retórica tão trabalhada aí - consumimos. Consumimos apenas para dizer que o fizemos. O consumismo se transforma em tema de uma corrida. Em todas as corridas há corredores e assim também acontece na corrida do consumismo. Pergunto-me então se há este tipo de corrida por causa da existência dos corredores ou se há corredores por causa da existência deste tipo de corrida.
Nos tornamos consumistas natos, mas ainda há dentro de nós primitivos do tempo das cavernas. Estes primitivos podem sair a qualquer momento e dominar suas idéias e sua vida. É isso que acontece no filme "Clube da Luta". Os dois extremos chocam, se coincidem. Há uma revisão dos nossos valores: Somos realmente o que temos? Nós possuimos as coisas ou elas nos possuem?

Deixo aqui a mensagem principal que este filme me deu, espero que - caso veja-o também - tire mensagem igual ou semelhante: "Aprenda a viver, descanse quando morrer. Tudo que você precisa está dentro de você. "

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Bom, me deram 5 selos. Muito muito muito obrigada gente. Vou colocar todos juntos aqui, ok? Paciência, é ;D

SELO 1
REGRAS
1 - Exibir a imagem do prêmio
2 - Postar o link do blog pelo qual recebeu o prêmio
(http://existencialidades.wordpress.com/)
3 - Escolher outros blogs para entregar o prêmio
4 - Avisar os escolhidos



SELO 2
Genhei do http://existencialidades.wordpress.com/ também ;D
REGRAS

Você conta 6 coisas sobre você e dá o selo pra outras 6 pessoas.
1-Sou um pouco bipolar. Não sou completamente porque não isso não foi comprovado ou até mesmo diagnosticado pelos médicos, mas constantemente mudo de humor. Mudo de humor por uma gota d'agua.
2-Sou uma bomba relógio. Quando estoro, sai de baixo! Tudo que está a minha volta me revolta quando estou estressada.
3-Amo comer. Não que eu coma muito - não é o que todos dizem - mas quando como sinto o gosto de exatamente tudo que há no prato. Delicio cada pedacinho, fazendo dele o meu 'tudo' por aquele minutinho de prazer. Deixando - Claro! - o melhor para o final.
4-Em relação também à comida, tenho uma mania. Sempre cheiro o que vou comer. Sim, mesmo quando estou em restaurantes. Não vejo problema algum em fazer isso, já os meus acompanhantes ...
5-Assisto MUITOS filmes. Para mim eles são um convite para outro mundo. Óbviamente, cada filme é um mundo. Apesar de eu me interessar pela maioria deles.
6-Não gosto de baladas. Sim, tenho 15 anos e prefiro ir ao cinema ou até mesmo ficar conversando com amigos à ir à uma balada. Eu me refiro àqueles locais com aquela música eletrônica no máximo do máximo volume com um monte de piriguete 'dançando' - pelo menos é o que elas dizem estar fazendo. Podem me chamar de chata, mas é verdade.




SELO 3

REGRAS
(Já teve curiosidade de ver sua caricatura?)
1- Exiba a imagem do selo “Olha Que Blog Maneiro” Que você acabou
de ganhar!!
2- Poste o link do blog que te
indicou.(http://in-myown-words.blogspot.com/ e http://andandonacordabamba.blogspot.com/)
3- Indique 10 blogs de sua preferência.
4- Avise seus indicados.
5- Publique as regras.
6- Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.
7- Envie sua foto ou de um(a) amigo(a) para
olhaquemaneiro@gmail.com juntamente com os 10 links dos blogs
indicados para verificação. Caso os blogs tenham repassado o selo
e as regras corretamente, dentro de alguns dias você receberá 1
caricatura em P&B.

SELOS 4/5

REGRAS:
1- Agarrar o livro mais próximo (I-Ching)
2- Abrir na página 161
3- Procurar a quinta frase completa
4- Colocar a frase no blog (Retirando-se a tempo, ele permanece livre de culpa e evita danos.)
5- Não escolher a melhor frase, nem o melhor livro! Utilizar mesmo o livro que estiver mais próximo
6- Passar para cinco pessoas.





Para quem vou dar os selos:
Gente, são muitas indicações para pessoas para dar os selos entende? Então, simplifiquei tudo. Não sei se esse 'simplificar' é a mesma coisa que 'quebrar as regras'. Mas eu não acho que seja. Mesmo porque estou indicando estes selos para blogs que eu ADORO ler, não estou apenas 'enchendo linguiça'. É isso aí, estou indicando para 10 pessoas e cada um escolhe o/os que quiser.

http://joaorock.blogspot.com/
http://www.mundovigarista.com/
http://bah-frois18.blogspot.com/
http://andandonacordabamba.blogspot.com/
http://backofjoy.blogspot.com/
http://universodissoluto.blogspot.com/
http://in-myown-words.blogspot.com/
http://iwilldiehappy.blogspot.com/
http://miishoji.blogspot.com/
http://existencialidades.wordpress.com/

PS: Desculpem-me, mas estou avisando os escolhidos aos poucos - por questão de tempo. Mesmo porque, ao entrar no blog 'escolhido' quero ler o post e poder fazer um comentário decente além do 'Tem um selinho para você'. Não descrimino quem o faz, mas não sou assim. Sou lerdinha mas faço o serviço completo, haha.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Viajando - Grand Mistral

18.01.09
Estranho pensar que repentinamente, passados apenas 30 minutos eu já perdi toda a possível conexão que tenho com todos que a Terra habitam. Enfim, não compartilho mais a (T)terra com eles. Compartilho agora um oceano infinito com cerca de mil pessoas.
Pessoas que nunca vi.
Antes de começar a navegar uma componente da - triste e um tanto quanto incompetente - tripulação do cruzeiro jorrava lágrimas, estava falando no telefone com um - provável, apenas uma suposição - parente. Ela embarcaria em um navio triste, cheio de dor e saudade, isso eu sei.
Mias tarde, vi uma mulher que mais parecia uma árvore de natal. Aquele seu batom vermelho em uma boca perfeitamente desenhada me impressionou muito. Só não mais que o seu companheiro. O sujeito vestia uma camiseta escrita "Jesus Cristo" em letras grandes, nítidas e douradas. Sim, douradas. Mas que casal era aquele? Um casamento de conveniência, fato. Pensei isso até me sentar com eles no jantar - mesas já estipuladas. Não era um casamento de conveniência e o amor deles também não era conveniente. Um cordeiro de Jesus com uma pecadora - sim, tenho informações suficientes para o afirmar. Eles embarcaram em um navio confuso e ambíguo.
Eu? Com a roupa que durmo passeio por um cruzeiro chique buscando palavras e inspiração por toda a parte. Mas depois de rodar o navio inteiro me dou conta que o céu estrelado envolvido no oceano é a minha maior inspiração. Eu embarco em um navio cheio de sonhos e magia. Enfim, há coisa mais mágica do que estar rodeada das forças da natureza?

19.01.09
E se eu disser que estou há mais de dez minutos sentada, me olhando no espelho e me questionando sobre o que posso escrever? Não acredito que eu seja uma boa escritora de cartas de amor ou de qualquer outro gênero que seja relacionado à contar meus sentimentos para alguém - sentimentos bons, principalmente. Todavia, vou fazê-lo, mesmo porque foi a única idéia que tive. Normalmente idéias não me faltam, então se tive apenas uma, deve ser um sinal.
Percorro meus olhos pela população do cruzeiro buscando alguém interessante - se é que me entende. Olhos grandes, solitários e verdes encontraram os meus. Olhos nunca olhados antes. Olhos que eu sei que olham quem eu realmente sou e não o que tenho.
Os olhos mais lindos que já vi eram aqueles. Não pura e simplesmente por serem verdes. E sim por serem profundos e sensíveis.
A partir deste momento só via estes olhos. O que mostra que minha imaginação é realmente rebuscada, estaria eu colocando aqueles olhos em qualquer corpo perdido que encontrasse? Não, era real. No restaurante, no corredor, na piscina e no restaurante novamente, eles estavam em todo lugar. Eu sei que ainda vou vê-los bem de perto, ah eu sei !

(23.01.09 - Toda magia se foi. Não encontro mais nada naqueles olhos. Para mim, eles são agora como qualquer outro par de olhos. Par de olhos? Que estranho falar isso, enfim.)

21.01.09
Ao som de ruídos - que as pessoas insistem em chamar de música - estava eu sentada em uma cadeirinha vermelha de frente para o mar. E de frente também para uma grande parcela da população que se encontra na famosa praia de Porto Seguro. A poluição sonora e a perfeição visual me confudiam a mente, de forma que nem eu mesma sabia se havia encontrado a minha paz interna. Provavelmente não o tinha.
Todavia, surgiu um casal de crianças indígenas vendendo brincos e colares. Eu pedi para que chegassem mais perto, não por estar interessada. Chamei-lhes devido ao interesse que tive por aqueles indiozinhos. Me aperta o coração ver crianças trabalhando. Enfim, trabalho infantil não é crime?
Acredito eu que a sociedade fecha os olhos para a realidade, buscando ver o que há de melhor na vida (o que no conceito popular significa bunda e cerveja).
Enquanto eu tomava um rumo catastrófico diante a cena, minha mãe conversava com as crianças. A menina, séria, respondia tudo o que lhe era perguntado. Cumprindo apenas o seu cargo de vendedora. Já o menino ... ah, ele não era assim. Toda hora que o via estava sorrindo. Ou mais, dando grandes e expressivas gargalhadas. A felicidade dele vinha de sua alma. A gente sabe quando vem. Ele sim vive o melhor da vida, tira dela uma essência que poucos tiram. Naquele momento eu tirei essência semelhante da minha vida. Eu adquiri a minha paz interna.
O riso é contagiante !

23.01.09
Acabou. Não que eu não tenha gostado, mas a falta que sinto da minha casa é com certeza muito maior do que a tristeza que sinto ao deixar o meu - só meu, eu ressalto - oceano.
Conheci diferentes pessoas, visões de mundo e histórias. Nestas eu busquei bravamente encontrar esperança, mas não foi exatamente o que aconteceu. Na realidade até me deprimi um pouco.
Todavia, encontrei uma pessoa conhecida e me surpreendi com a sua personalidade e com as suas idéias. Engraçado como às vezes nos julgamos cientes da vida e da personalidade de alguém que mal conhecemos. Ele me surpreendeu. E pra melhor.
Apesar de todos estes encontros e desencontros, tive um tempo para ficar sozinha. Um tempo para me encontrar. O sol que se infiltrava em minha pele dourando-a, dourou também minhas memórias e minhas idéias. Tudo passa a ter um brilho maior quando o sol está lá, iluminando tudo e todos.

Acaba aqui a minha iluminada viagem.

PS: Eu sei que o post está imenso, desculpem-me, mas não deu para postar de lá. U$ 15,00 a hora, não dava :D

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Apresento para vocês...

Mais um instrumento meu de magia - que são muitos, diga-se de passagem - : o tão arejado avião. Este adjetivo (arejado) se encaixou na frase pelo fato do avião estar sempre no ar entendem? Bom, estou perdendo o foco. Apesar do fato de que esta constatação - o avião estar sempre no ar - faz parte de sua magia.

Eu adoro olhar para o céu: se está sol fico contemplando a intensidade do azul que se espalha por ele inteiro; se está chuvoso fico pensando em todas as coisas ruins que a chuva vai levar com ela, de forma que depois desta o céu esteja limpo e 'tranquilo'; se está nublado - volto à minha (não tão longe e talvez ainda presente) infância - e fico procurando nas nuvens formas. Mas sempre que o observo e que entro de forma tão significativa nele, me passa um avião. E é aí que a minha imaginação - muito aflorada, como você já deve ter percebido - muda de rumo.
Como um instrumento criado pelo próprio homem - que não tem a capacidade de voar, fato - voa e ainda leva consigo muitos homens? Homens diferentes: cada um com sua cultura, seu pensamento, sua imaginação, sua família, seu amor, sua vida. Todos estão no mesmo lugar e nem se conhecem. Como podem confiar em todos aqueles estranhos que estão aos seus lados? E ainda mais, confiam em um único homem que conduz toda aquela máquina. Eu sei que é um pouco - só um pouco, eu ressalto - de paranóia minha. Por isso, decido mudar o trajeto da minha reflexão.
Percorrem o infinito céu, sobre as nuvens, o que os fazem distantes daqueles que os veem com tanta facilidade lá de baixo, daqui da Terra. Lá de cima não se ve ninguém. Vemos apenas terra e mais terra e um pouco mais de terra. Os seres humanos são apenas simples pontinhos, alguns tão prepotentes acreditam tanto na sua importância e quando vistos lá de cima tem a mesma insignificancia de qualquer outro.
Além desta perspectiva, há mais uma, que sempre passa na minha cabeça e também a que mais me contagia. "Ah como eu queria estar nesse avião agora!" . Estranho, mas eu tenho uma vontade imensa de conhecer novos lugares, novas pessoas, novas línguas, novas tradições, novos pensamentos. Não que eu não me contente com este país lindo em que eu vivo. Independente de seus conflitos e contradições, é o meu país. E quero esclarecer - que diferente de muitas pessoas que conheço - tenho muito orgulho de ser brasileira. Mesmo assim, essa idéia não saí da minha cabeça quando eu vejo um avião , eu quero dar uma volta ao mundo! E quero distribuir muito amor e carinho por ele inteiro , ah como eu quero !

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Um post diferente, por você.

Uma criança com seus míseros dez anos, mas - como a maioria delas - carregada de prepotência e de uma suposta maturidade. Assim como todas as crianças de dez anos - e qualquer outro ser humano com ao menos um pouco de sensibilidade - tinha seu grupo. Um grupo de quatro garotas.
Todavia, diferentemente dos outros grupos, elas não eram todas iguais - não estou falando isso para dar todo aquele ar misterioso à história. Duas delas eram loucas por Nirvana, Avril Lavigne (a antiga, óbviamente), Green Day e Simple Plan. Enquanto as outras duas curtiam Britney Spears e bandas do gênero (esclarecendo que estou generalizando as bandas preferidas destas duas garotas por falta de memória e não por falta de consideração). Estas duas duplas - digamos que - refletiam seus gostos musicais em seus trajes e costumes. Mas todas estas diferenças não faziam diferença quando o objetivo era se divertir.
Grande parte da diversão delas era baseada em tirar a diversão dos outros, o que é um tanto quanto diabólico para crianças, mas também não fazia diferença. O importante era estarem juntas. E assim fizeram, por um ano cheio de surpresas e diferenças.
Quando este ano acabou, a dupla Britney Spears - referência lógica para vocês se lembrarem quem são, já que não estou citando nomes - saiu do colégio. Eu reconheço que uma saída de colégio não parece uma catástrofe quando a lemos, mas garanto para vocês que quando a vivenciamos é muito pior do que uma catástrofe. O mundo desabava e elas juravam amizade eterna e verdadeira.
Todavia, sabiam que todos os outros amigos juram coisas do gênero, mas nunca realmente as realizam.
E, como todos os outros grupos, perderam o contato. Aquele ano foi o ano delas, elas sabiam que nunca mais se veriam novamente.


Não, tudo isso foi só para dar um pouco mais de emoção à história.


A dupla Nirvana continuou no colégio e continuaram mais juntas do que qualquer par de gêmeos que nascem com a cabeça grudada. Mas, com o tempo foram aparecendo diferenças entre elas também. Isso não fazia diferença quando estavam juntas, seguindo este raciocinio, passavam todo o tempo juntas, desta forma não veriam suas diferenças. Com o tempo as diferenças começaram a tomar conta delas mesmas, o que gerou alguns conflitos. Mas mesmo assim, elas eram amigas para sempre - mas que coisa clichê, vou mudar de direção para ver se fica um pouco mais real.
No começo do ano sem a dupla Britney, não as viam muito. Mas com o tempo passaram a ver. Primeiramente, se encontravam as quatro. Depois, uma garota da dupla Britney se distanciou - devido à dificuldade que havia em se encontrarem.
Já as outras três, continuaram juntas. Mesmo com uma distante, continuavam compartilhando segredos e risadas, perdas e tristezas. Assim foi e sempre será, pelo menos para mim.

Eu amo vocês, muito.

Gente, foi meio dificil para mim fazer todo este post, porque hoje é aniversário de uma delas e tudo isso não se passou de uma homenagem. Todavia, não me considero uma garota muito boa em abrir meu coração para alguém. Então, espero que tenham gostado. E sejam, acima de tudo, sinceros nos comentários;

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Principio da Co-Responsabilidade Inevitável

É realmente este principio tem um nome um tanto quanto rebuscado e confuso. Todavia, posso garantir para vocês que - diferentemente de seu nome - é algo muito simples e lógico quando explicado.
Vou explicá-lo para vocês para mostrar e 'provar' que a humanidade ainda tem cura, ainda tem solução. Basta haver uma mobilização social para isto acontecer.
O Principio da Co-Responsabilidade Inevitável foi criado por um personagem chamado Marco Polo de um livro - O Futuro da Humanidade - de Augusto Cury. Este principio revela que todos os seres humanos são influenciados e influenciam outros grupos, de forma que nenhum ser humano pode ser considerado uma ilha física, psiquica e social no oceano que é a nossa sociedade.
Este processo acontece da seguinte forma: a partir do momento em que uma pessoa toma uma atitude interfere na vida de outras (pessoas) de três formas. Primeiramente, afeta o tempo das pessoas ao seu redor. Afeta então a memória das mesmas pessoas, pois esta sua atitude se agrupa a outras já existentes na lembrança destas pessoas. Finalmente, afeta as reações destas pessoas, consequentemente afetando a qualidade e a frequencia das mesmas.
Eu sei que está confuso e complexo, mas te garanto que tudo isso já fará sentido.
Ao analisar todas as consequencias que um ato pode ter, percebemos que estas se transformam em uma teia interminável. Assim como a cadeia alimentar, uma ação depende da outra para acontecer. Mesmo porque a reação das pessoas em relação à uma ação, pode ser considerada uma nova ação, que irá então repercutir em novas reações, o que fará de todas estas ações e reções um ciclo.
Isto explica como uma pequena ação pode se reverter em um grande passo para a nossa humanidade. Tanto um passo construtivo, quanto um passo destrutivo.
Portanto, depende de nós se esse mundo ainda tem jeito apesar do que o homem tem feito, se a vida sobreviverá ...

A mensagem de tudo isso? Eu deixo nas mãos do meu querido "Marco Polo":
- A humanidade é uma família vivendo numa complexa teia. Somos uma única espécie. Deveríamos amá-la e cuidar dela mutuamente, caso contrário, não sobreviveremos.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Eu vou pro céu de bicicleta !

Ou para o inferno. Quem liga? Se for de bicicleta eu vou.

Eu sei que isso tudo pareceu um tanto quanto malígno, pois a partir do momento em que você vai para o inferno a bicicleta perde um pouco da sua graça. Mas não para mim. Para mim a bicicleta é a maior fonte de liberdade. Ontem fui para um parque e lá sim eu encontrei a felicidade no seu ponto mais explícito. Os cabelos aos ventos, as pessoas passando sem ninguém poder te impedir, o tempo não tem sentido e a hora já nem importa mais. Não importa a velocidade em que você está e nem ao menos com quem está - apesar da companhia ter sido tão boa que nem consigo descrevê-la (qualquer dia conto para vocês quem é) - mesmo porque, quando você está sobre a bicicleta não existe mais ninguém. Só você e ela.
Não sei se sou sonhadora demais, mas há coisas que valorizo muito e que são pequenas. Todavia, encontro magia nestas coisas, nestes momentos. Não posso nem dizer que é o amor que me faz sentir deste jeito por certas atividades. Aliás, pensando bem, talvez seja o amor...
Um amor que há dentro de mim, que só sabe me amar e ser amada. Tudo isso ficou meio confuso, mas é exatamente o que sinto. E como estamos nos tratando dos sentimentos de uma pessoa que poderia até mesmo ser chamada de poço da confusão, tudo isso é tolerável.
Eu vejo amor em tudo e ao mesmo tempo em nada. Vejo amor nos olhos cintilantes - por conta das lágrimas - das crianças que vêem seus pais chegarem no aeroporto de uma longa viagem, ou dos namorados que estavam separados há meses e que enfim se encontram no reduto do amor que são os aeroportos. Nestes momentos, o amor é tudo e o amor está em todo lugar.
Por outro lado, quando vejo a situação das crianças também de olhos cintilantes mas que se encontram num continente asiatico reconhecido como Afeganistão, crianças que não tem nada, nem pais, nem país. Crianças que podem nunca ter nem conhecido o amor. Crianças que só vêem o ódio por toda a parte. Quando olho adentro de seus olhos - óbviamente só conhecidos por meio de livros, de jornais e principalmente (engraçado dizer isso, mas acontece) da minha imaginação - não vejo nada mais do que solidão e ódio. Nestas horas não existe amor, só existe a dor.
O pior de tudo, é que aparentemente não há muita forma de eu ajudar estas crianças órfãs, carentes e abatidas por conta de dores que a vida deu-lhes sem nem apresentar uma razão concreta. Todavia, eu talvez tenha descoberto uma forma de ajudá-las. E vou mostrar para vocês no próximo post, é.
Enquanto não mostro esta solução e nem a pratico, eu volto para o meu mundo mágico e tento expandí-lo e apresentá-lo para a maioria das pessoas que consigo. de forma que encontrem assim a felicidade e a liberdade. Agora, com licença, pois eu vou dar uma volta de bicicleta pela vida ...

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Férias!

Meu último post foi um tanto melodramático para o primeiro post do ano. Contudo, algumas vezes a vida nos traz tristezas e não temos como recusá-las.
De qualquer forma, ESTOU DE FÉRIAS! E o positivismo não pode sumir. Não que tenho estado muito ocupada nos últimos dias, mas em todos estes estava feliz. Assim como estou hoje. Férias são para mim um intervalo para digerir tudo que passei e vivi por um período e tudo que ainda vou passar e viver. Mudarei de escola e estou entrando no primeiro do colegial. Para mim pelo menos, é uma grande mudança. Estou agora arquivando no meu livro de memórias um colégio cheio de lembranças, histórias e principalmente grandes amigos. Estou ao mesmo tempo me acostumando com a idéia de entrar em um mundo novo, em um colégio novo, onde tenho alguns amigos, mas sei que conhecerei muitos outros.
Adoro esta idéia de mudança, de conhecer, de viver coisas novas. Acredito que o que eu realmente gosto é conhecer novas idéias e talvez encontrar esperança nas idéias alheias. Não estou dizendo que as minhas idéias não me tragam esperança, mas não me contento com pouco. Gosto de ver o mundo se mobilizando para novos pensamentos, novas idéias e novas emoções. O mundo precisa disso, de mudança.
Toda esta mudança deve ser feita, claro, com muuuuuuuuuita diversão. Boas férias para você! ;)

PS: E só para dar um pouco mais de clima de alegria, vou colocar aí um texto meu, espero que gostem.

RICOS SÃO OS FELIZES

Há alguns dias tenho visto uma cena tocante. Numa avenida, da qual não me recordo qual é, há um mendigo sentado, compenetrado no que escreve. Desligado do que se passa em sua volta. Vive em “seu mundo”.
Poucos o notam naquela calçada, mas tenho quase certeza de que quem nota-lhe sente dó. Dó é um sentimento muito forte, muito triste. Decidi então observar a cena de outro modo, decidi enxergar o que acontecia.
Com a minha nova visão sobre o acontecimento, consegui ver emoção, compenetração, fé e felicidade naquela imagem. O homem – mesmo tendo uma péssima renda econômica - não perdeu (apenas aflorou) seu dom de criar, de fazer a arte, de ser feliz.
Por meio dessa filosofia descobri o quão rico este homem é. Ele não é rico na visão “correta”, material. Contudo, ele é rico no sentido emocional, sentimental. Ele possui uma riqueza muito rara na sociedade atual, mas esta riqueza não é valorizada pelos pseudo-poderosos. Para mim poderoso mesmo é o mendigo: ele cria, é artista e é feliz. Quer mais o que?

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Uma pessoa muito especial para mim morreu há cerca de uma semana.

Esta pessoa já não era mais tão especial assim atualmente (no período de coma e até antes disso). Contudo, a qualificação especial torna a devida pessoa eterna - pelo menos para mim. Ele foi como um professor, porém, mais legal. Este cara, o Gabriel (nomes imaginários para não expor alguém que já 'se foi'), me ensinou a nadar. Não posso ter recordações melhores de alguém como tenho dele. Quando pequena o via regularmente, era um amigo dos meus pais. Gabriel era o típico caiçara de bem com a vida. Todavia, morava em São Paulo, o que - técnicamente - já não fazia mais dele um caiçara. Isso é apenas um detalhe irrelevante, pois seu espírito é e sempre foi de um caiçara.
Como já disse, ele me ensinou a nadar. Quando nado parece que entro em outro mundo, um mundo só meu. Um mundo cheio de idéias e ilusões que não precisam ser compartilhadas com ninguém. Talvez tudo isso aconteça comigo quando nado pelo fato de estar tendo contato com a água e talvez a àgua que me traga este sentimento tão forte de liberdade. De qualquer jeito, nadar para mim é realmente importante. E como foi ele que me introduziu neste mundo tão mágico que é o mar, a água - ou até mesmo uma humilde piscina - tenho muito à agradecer. O estranho é não ter alguém para agradecer. Pois mesmo sabendo que o espírito dele continua existindo (e muito provavelmente é encontrado neste mundo mágico) tenho dificuldade em me convencer de que nunca mais vou realmente vê-lo.
Talvez eu nunca me convença de tais acontecimentos. Acho tão injusto as pessoas morrerem. Deixam pessoas amadas e deixam pessoas que os amavam. E quando o assunto é amor, acredito que nada nem ninguém possa impedí-lo. Não que este fosse o caso dele, pois, por mais incrível que pareça, depois que o Gabriel teve um filho e uma mulher, se tornou o cara mais grosso, mais seco e mais sem sentimentos do mundo. Para ele não havia mais amor.
Queria eu acreditar que quando acaba o amor acaba a vida, pois desta forma estaria sempre amando, então nunca morreria. Mas sei que não é assim.
Provavelmente toda esta minha incompreensão seja apenas uma consequência da vida de alguém que não perdeu muitas pessoas especias. O único outro ser MUITO especial que perdi, foi meu hamster, Jack. Sei que quando pensam em um simples hamster não lhe dão tanta importancia. Mas para mim tudo tem sua própria luz e sua razão de existir.
O que faço agora é buscar a luz destes espíritos dentro de mim.